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Imunidade inata x adaptativa

  • Ramiro Albuquerque
  • 15 de set. de 2017
  • 3 min de leitura

Evolução do sistema

Você já imaginou como o seu sistema imunológico chegou onde está hoje? Sim, ele foi fortalecido pelos seus encontros com patógenos durante a sua vida, bem como imunizações fabricadas pelas tecnologias da atualidade. Porém, uma boa parte do seu sistema imunológico vem de muito antes de você! Tudo começou lá com os invertebrados, a partir da imunidade inata, e então a evolução têm tratado de formar uma “escadinha” evolutiva, na qual o sistema imune vai se tornando mais complexo, até chegar na nossa espécie!

Os órgãos do sistema imune são divididos em duas classes, os primários e os secundários. Os primários são caracterizados pela produção e maturação dos linfócitos,fornecendo um microambiente apropriado para isso, enquanto os secundários são caracterizados pelo aprisionamento dos antígenos, onde os linfócitos maduros podem interagir com eles (logo, os secundários servem como armazém de linfócitos)

Órgãos primários: Medula e Timo (Lembrando que linfócito T vem de Timo)

Órgãos secundários: Medula, Baço e sistema linfático

A imunidade adaptativa é extremamente eficaz, porém, sem a imunidade inata, ela não serve de muita coisa... Mas por que isso acontece? A imunidade adaptativa é caracterizada pela resposta específica ao antígeno, sendo assim, mais eficiente do que a resposta inata, porém, como ela recebe essa informação específica do antígeno? Exatamente, através da imunidade inata...

Enquanto a resposta inata ataca o patógeno, células de reconhecimento voltam para os órgãos primários e “avisam” sobre o invasor, dando informações sobre ele (proteínas de membrana, em sua maioria). Os linfócitos então, tratam de criar anticorpos específicos para aquele patógeno, fazendo com que a resposta a ele seja muito mais eficaz e rápida! E de quebra, ainda fica guardado na memória imunológica do seu corpo aquela informação, para que caso você seja atacado de novo pelo danado, a resposta seja um corte rápido Tramontina...

Você já deve ter ouvido falar de uma tal “doença do viajante” certo? Mas você já parou para pensar o por que disso?

Então, tem haver o que acabamos de discutir ali em cima! Quem nunca teve uma diarréia depois de comer ou beber aquele podrão duvidoso da tia da esquina? Através desse tipo de contato, seu corpo ficou de certa forma resistente as cepas do patógeno que habitam aquela região (endemismo) {(isso não significa que você está completamente imunizado, na maioria dos casos)}. Porém, pessoas que nunca tiveram contato com aqueles patógenos específicos, não tem memória imunológica nenhuma contra esse agente agressor, gerando uma resposta muito mais exuberante do que os habitantes daquela região! E aí nós entramos em um assunto muito importante, as vacinas!

Vacinas

O propósito da vacina é justamente “mimetizar” o encontro inicial do seu sistema imunológico com o patógeno, de forma que você produza uma resposta de memória, sem no entanto ter a doença para isso!

Isso levanta um assunto muito interessante... Existem doenças que já foram erradicadas por causa da vacina, por exemplo a varíola. Então, o correto seria parar com a vacinação contra esse vírus? Há mais de 30 anos que ninguém no Brasil é vacinado contra a varíola, então muitos de nós não temos essa proteção, estando então altamente vulneráveis a uma infecção desta doença! Mas será que existe esse risco? A resposta é sim! Nos últimos tempos, temos ouvido falar sobre a tal da “guerra biológica”, que não é nova, mas dá um medo danado! Os EUA e a Rússia ainda tem amostras do vírus sob sua tutela, e do jeito que a galera é doida hoje em dia, eu duvido é nada! Também existe o chamado “permafrost”, que são regiões permanentemente congeladas... E nessas regiões, existem cadáveres que contém diversos patógenos há muito esquecidos, incluindo a varíola, que estão lá, só esperando a oportunidade x.x (e com o aquecimento global, essa preocupação tem se tornado cada vez mais forte). Mas também há quem seja contra as vacinas! Ultimamente, vários grupos contrários as vacinas tem aparecido, alegando possíveis efeitos maléficos das mesmas...

E aí, qual a sua opinião?

Mas então, quais são os grupos de pessoas mais importantes para se vacinar?

O ideal seria vacinar todo mundo né, mas infelizmente não é assim que a banda toca... Então geralmente se vacinam os “grupos de risco”, que como o nome já diz, são pessoas mais susceptíveis a contrair a doença, tendo então que estarem imunizadas devidamente! Alguns desses grupos são: Doentes crônicos, crianças, gestantes, puérperas, trabalhador de saúde, povos indígenas, idosos, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional, e por aí vai!

FAÇAM AS QUESTÕES DE FIXAÇÃO!

 
 
 

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